FUGAEXPOSIÇÃO REEXPOSIÇÃO |
SujeitoÉ a idéia musical em que se baseia a fuga. Recebe também os nomes de tema, dux, proposta, vox antecedens. Varia em comprimento: pode ser curto como um motivo (CBT, vol. I, Fugas 9, 17, 19), mas mais comumente tem o comprimento de uma frase melódica (CBT, vol. I, Fuga 2, dois compassos; Fuga 15, quatro compassos e um tempo; Fuga 24, três compassos). O sujeito é geralmente marcante e conciso, terminando com uma cadência melódica (CBT, vol. I, Fugas 6, 8, 10, 12, 13, 14, 20, 23, 24). Tal cadência pode, no entanto, ser enfraquecida pelo movimento continuado ou dissolução (CBT, vol. I, Fugas 1, 5, 9, 11, 18, 22). Pode ser imediatamente seguido por um pequeno link de conexão ou ponte (CBT, vol. I, Fuga 7), levando ao contra-sujeito [ver esse termo mais adiante]. O sujeito pode permanecer na tônica; ou pode modular, geralmente para a dominante. Outras possibilidades podem ocorrer, especialmente em procedimentos individuais do século XX. Os dois sujeitos do exemplo 1 representam dois tipos distintos, conhecidos no século XVIII como sogetto e andamento, respectivamente. O primeiro é de pequeno ou médio porte (não maior que três compassos), relativamente simples, assemelhando-se aos sujeitos de ricercari do século XVI. O segundo é maior, geralmente bem fluente, e muitas vezes construído a partir de duas idéias. Na música de Bach, o tipo andamento ocorre mais em grandes fugas para órgão. Ex. 1a BACH: C.B.T., Livro II, Fuga 9 Para ser interessante e reconhecível, quando reenunciado, um sujeito deve ter algum elemento marcante, ativo, seja melódico, rítmico ou ambos. No exemplo 2, todos eles possuem esse algo marcante. Ex. 2a BACH: Fuga em E menor, BWV 548 (órgão) Ex. 2b PURCELL: Sonata no 7, Canzona Ex. 2c GOTTLIEB MUFFAT: Fuga em G menor Ex. 2d HAYDN: V Missa Ex. 2e BACH: C.B.T., Livro II, Fuga 6 |