Será útil, num canto dado, fazer algumas observações: de início, compreender bem como ele oscila da tônica à dominante. Os exemplos deste capítulo sempre começarão e terminarão na tônica. Antes desta, freqüentemente, haverá um acorde da dominante, o qual será muitas vezes precedido do 4o ou 2o graus, e às vezes, do 6o.
Seja, por exemplo, o seguinte canto:
Se nos restringirmos a 2 acordes distintos para os dois sol no último compasso, o baixo
deste compasso será evidentemente:
Por outro lado, o aluno suporá uma dominante no 2o compasso, e tônica no 1o.
Escreverá, talvez, um baixo como o que se segue:
Este baixo é por demais monótono, com duas oscilações de tônica à dominante. Mas poderemos
harmonizar o mi, do início, com um acorde de lá menor. Depois, como um sol no baixo daria
5as, tomaríamos, então, o acorde de ré menor; em seguida, o acorde de Sol viria
naturalmente com o si.
Depois então, voltar ao dó não seria um erro, mas, no entanto, haveria aí alguma monotonia. O
encadeamento de sol a lá seria melhor.
Depois desse acorde de lá menor, será necessário não prolongar este baixo (lá) sob o lá do canto,
por causa das 8as que daí resultariam com o acorde de Sol, logo após. Escolheremos
então sob o lá do CD o acorde de Fá maior. Donde o baixo definitivo:
Poderíamos harmonizar o si do canto com o acorde de mi menor; seria necessário, então,
dobrar o sol:
Tomemos um outro canto um pouco mais complexo, e examinemos de que maneira pode ser solucionado:
Há evidentemente três períodos 1, com uma respiração no sol (1) e outra no
si (2).
Pode-se interpretar cada uma dessas notas como que portando o acorde da dominante (isto é, em sol
maior, no nosso canto que está em dó maior). Pode ser até mais variado supor o acorde de dó sob o
1o sol (1) e o acorde de sol sob o si (2). Para o final [penúltimo compasso],
colocaremos os acordes de fá sob o dó e de sol sob o si. O que daí resulta:
Chegaremos a (1) com um fá no baixo sob o lá do canto, pois o ré aí nos daria 5as.
Seria bem indicado de chegar a (2) pelo acorde de ré sob o ré do canto - não poderíamos ter aí
o acorde de sol, pois isto resultaria numa harmonia sincopada.
Se agora solucionarmos o resto com acordes de tônica e dominante, teremos uma harmonia um pouco
monótona, se bem que bem assentada.
Logo, deveremos recorrer a outros acordes nos locais indicados como (3), (4) e (5), que aqui
foram intencionalmente colocados de uma maneira bastante pobre. Mas nada nos impede de ter o lá
no baixo em (3); lá também em (5) e mi em (4). Depois, para não ter apenas o ré (6) em todo o
compasso, escreveremos fá em (6) sob o lá do canto. Resultado:
(a) Poderia ter o acorde de mi, mas já o empreguei precedentemente, e não há incoveniente,
no canto, em apresentar duas vezes (em a e em b) o acorde de dó. O salto de
8a com o dó destina-se a evitar a 6a maior dó - lá (no baixo) e, igualmente,
para criar um pouco de movimento nessa passagem. Este canto se realizará a 4 vozes, como segue: