A sétima de dominante e suas inversões


O acorde de 7a colocado sobre a dominante (ele é o mesmo, em maior e em menor) compõe-se de uma terça maior, uma quinta justa e de uma sétima menor. Poder-se-ia cifrá-lo:

A 3a do acorde é a sensível do tom; por convenção, o sinal + designa sempre a nota sensível.
Mas é mais simples cifrá-lo:

As inversões são em número de três; suas cifragens são igualmente indicadas por uma notação abreviada e convencional:

1. Sétima de dominante. Estado fundamental.
2. 1a inversão, chamada também: acorde de sexta e quinta diminuta.
3. 2a inversão, chamada também: acorde de sexta sensível.
4. 3a inversão.



Veremos mais adiante as notas que, eventualmente, podem ser suprimidas.

Preparação da sétima. Não é necessária, mas eu a acho bastante recomendável. Abordaremos a 7a não preparada apenas de certas maneiras, que definiremos mais adiante.
Resolução. Tanto no estado fundamental como em suas inversões:
a sétima, dissonância, resolve normalmente descendo de um ou meio tom (diatônico), segundo o modo maior ou menor.
Por outro lado, a sensível deve subir1 à tônica. Exemplos:


Vê-se imediatamente que, se encadeamos a 7a de dominante ao acorde de tônica, um desses dois acordes (numa textura a quatro vozes) será forçosamente incompleto - se a sensível for à tônica, realmente [ver novamente a Nota 1, abaixo].
Eis alguns outros exemplos de resoluções de acordes de 7a de dominante e suas inversões:


1. Bom (2o acorde incompleto).
2. Bom (1o acorde incompleto).
3. Incorreto, mas, apesar disso, musical! (quintas consecutivas)
4. Excelente, mas apenas excepcionalmente praticado nas lições elementares (sensível descendente).


[Casos todos esses exemplos fossem em menor, bastaria alterar a terça da tônica (mi bemol); as regras continuam as mesmas.]

Resolução tardia da 7a, ou por troca. Observe nos exemplos seguintes as trocas entre a 7a [as setas] e a 5a do acorde. Elas são admitidas!

Nas lições de harmonia não se praticará a troca direta entre as 7as e a fundamental:

REGRAS DIVERSAS


Notas:
1. Em Bach, e em muitos outros autores, encontra-se correntemente resoluções tais como a que se segue. A regra relativa à sensível ascendente está longe de ser absoluta. Mas, em lições elementares, aconselhamos o aluno de se conformar, provisoriamente.