Imitação sem cantus firmus


Exposto o tema (sujeito) em uma parte, uma outra exporá a resposta, enquanto que a primeira continuará em contraponto, o que se chama contrasujeito; a terceira voz retomará o sujeito, a quarta, a resposta.
Seja o tema breve e incisivo; o contrasujeito, ritmicamente contrastante.

Imitação a três partes

Ex. 26


Fragmento do Benedictus, de Palestrina, da Missa Emendemus, tomo 16, p. 55, da edição de Breitkopf und Härtel.

O sujeito é proposto no baixo, e o tenor lhe responde à quinta superior, e depois o contralto, ao uníssono do tenor; mas, enquanto este imita apenas o início, o contralto imita quase todo o tema. No oitavo compasso vê-se uma breve imitação entre baixo e tenor, ao que sucede a contraexposição do tema, isto é: o contralto propõe o sujeito, ao qual responde logo o tenor à quinta e, mais tarde, o baixo na oitava do tenor.

Imitação a quatro partes

Ex. 27


Início do moteto Gaudent, in coelis, de Tomás Luis de Victoria.

Na prática é muito comum o caso em que uma parte livre seja aplicada a outras partes em contraponto imitativo.

Imitação em contratempo

Ex. 28


Da Fuga VIII, parte I do Cravo Bem Temperado, de J. S. Bach.

Imitação interrompida

Pode ser considerada também uma imitação aumentada, onde, ao invés de se dobrar os valores das notas, acrescenta-se após cada uma delas o valor das pausas correspondentes.

Ex. 29