Toma-se um cantus firmus e a ele pode-se contrapor duas, três ou mais elaborações melódicas
(contrapontos), em imitação. Todo novo tema deve ser separado por uma pausa, ou, pelo menos, de
um grande intervalo - isto, pela facilidade de percepção das entradas.
Ex. 21.
Neste exemplo, A é uma imitação direta e B é inversa.
Ex. 22.
O exemplo acima é extraído da Ave maris stella (vesperale Romanum, in festis B. M. V.), de G. P. da Palestrina. O cantus firmus passa sucessivamente pelas três vozes; as imitações são mais ou menos livremente derivadas do mesmo.
Ex. 23.
Neste exemplo são dois os temas: A e B; o primeiro, proposto no soprano, é imitado no tenor à sétima inferior; o segundo, proposto no contralto, é imitado no soprano à sexta superior e no tenor à quarta inferior. A imitação do primeiro tema é igual, a do segundo, desigual.
Ex. 24.
Neste exemplo reproduzimos integralmente a Antifona, a quatro partes, de Constanzo Porta. O soprano propõe um motivo relacionado à palavra descendit; dois compassos depois responde o contralto à quinta, e, no próximo compasso, responde o tenor ao uníssono do contralto. No sétimo compasso o contralto propõe um novo tema, ao qual responde logo o tenor [mas só com o início (incipit) do novo tema], e, após, o soprano. Segue, entre contralto e tenor, imitações rítmicas. No compasso 12, o contralto propõe um novo motivo, ao qual responde logo o tenor e, mais tarde (compasso 15), o soprano. Esta resposta do soprano vem a ser uma imitação diminuída do cantus firmus.