Tratamento de notas longas


Independentemente da voz em que a nota longa esteja, deve haver uma certa movimentação rítmica contra ela. Observe no exemplo abaixo as diversas notas longas e a movimentação das outras vozes contra elas:

Ex. 1 : M. G. Fischer, Der Heil'gen Leben.

Note que no exemplo anterior as notas longas (no baixo) pertencem basicamente a um acorde (ré pertence a ré menor; dó, no compasso seguinte, pertence ao V/V; fá, pertence ao III grau; etc.). Os exemplos 2 e 3 mostram notas longas pertencentes a mais de uma harmonia :

Ex. 2 : F. W. Zachow, Komm Heiliger Geist, Herre Gott, compassos 5 e 6.

Ex. 3 : M. G. Fischer, Wir danken dir, Herr Jesu Christ.

A utilização de mais de um acorde por nota longa é particularmente importante em certos finais . Aqui é possível também o uso de pequenas modulações, onde curtas passagens pela subdominante são freqüentes (exs. 4 e 5) :

Ex. 4 : J. L. Krebs, Herr, ich habe missgehandelt.

Uma nota longa no baixo é tomada, corretamente, como a fundamental de um acorde (dó, no penúltimo compasso do próximo exemplo). Note ainda a exploração rítmica empregada - os ritmos marcados pelas setas são citações do C. F.

Ex. 5 : J. S. Bach, Vor deinen Thron tret ich, BWV 668 - final.